Durante a execução, o contrato precisa servir como instrumento de acompanhamento, controle e prevenção de riscos, e isso só acontece quando ele inclui cláusulas pensadas especificamente para a gestão pós-assinatura.
Itens como cláusulas de prazos, qualidade, auditoria e compliance ajudam a assegurar entregas conforme o combinado, alinhar expectativas e corrigir desvios ao longo da relação contratual.
Embora pareçam simples, muitas vezes essas cláusulas não são aplicadas corretamente. Isso pode acontecer por falta de estrutura, de processos claros ou mesmo de um suporte tecnológico.
Nessa leitura, vamos aprender a respeito de boas práticas para estruturar e aplicar cláusulas de contrato de fornecedor que reforcem o desempenho, garantam conformidade e tornem sua gestão contratual muito mais eficiente.
Os contratos de fornecedores podem assumir diferentes formatos, dependendo do tipo de serviço ou produto contratado, do prazo envolvido e do nível de complexidade da relação comercial.
A seguir, veja cinco dos modelos mais comuns e em que contextos cada um é mais adequado:
Usado quando a empresa contrata entregas recorrentes ao longo do tempo, como materiais de escritório, insumos industriais ou manutenção periódica. Estabelece cronograma, volume, preço e condições de reajuste.
Esse tipo de contrato é ideal para relações duradouras e necessidades previsíveis.
Nesse modelo, o fornecedor só entrega quando houver uma solicitação formal da empresa, com base em uma estimativa acordada.
É útil quando há variação na necessidade de insumos ou serviços e a empresa quer flexibilidade de compra.
Voltado para contratações em que o fornecedor executa atividades técnicas, operacionais ou especializadas (exemplo: transporte, limpeza, TI, consultoria). Define escopo, responsabilidades, prazos e indicadores de desempenho.
Este tipo de contrato é recomendado quando o foco está na execução de tarefas, e não na entrega de produtos.
Usado quando a empresa contrata a entrega de um resultado específico, como a construção de uma obra ou o desenvolvimento de um sistema. O pagamento pode ser feito por etapas concluídas.
Portanto, é indicado para projetos com começo, meio e fim bem definidos.
Além das cláusulas tradicionais, inclui níveis de serviço (SLA) com indicadores de qualidade, desempenho e tempo de resposta.
Por fim, é o tipo de contrato ideal para fornecedores críticos, onde a performance afeta diretamente a operação da empresa.
Leia mais: Avaliação de fornecedores: como escolher parceiros com segurança
Uma vez assinado o contrato, é preciso cumpri-lo. Por mais óbvia que essa afirmação possa parecer, esses documentos são complexos e têm diversas camadas de gestão:
Você provavelmente já tem disposições sobre todos esses temas nas suas minutas-padrão. Porém, algumas boas práticas ajudam a identificar se elas estão construídas de forma a realmente gerar valor para a sua organização.
Recomenda-se que, na elaboração e cumprimento de cada uma das cláusulas de gestão, algumas perguntas sejam levadas em consideração, como, por exemplo, se a construção está:
Para além desses pontos, veja algumas especificidades da construção de cada camada de gestão contratual nos próximos tópicos.
No seu nível mais simples, contratos em geral contam com marcos para gestão temporal como:
Na maior parte dos casos, esses são elementos definidos sem participação direta do Jurídico. Garantir a segurança da empresa, então, fica a cargo do uso de uma ferramenta tecnológica, como o netLex, que:
Organização de documentos é essencial nessa etapa da gestão! Aproveite para saber mais sobre outra frente que gera muitos desafios em: Pare de perder aditivos contratuais: gestão de documentos com o netLex
Além do tempo, qualidade também é um aspecto relevante no gerenciamento de contratos. A depender do tipo de acordo, os mecanismos de gestão precisam ser diferentes:
Em ambos os casos, algumas boas práticas são recomendadas, como:
Para se aprofundar neste tópico, leia mais em: Como construir contratos com foco no desempenho
Com mais frequência do que as empresas gostariam de admitir, a gestão de contratos fica restrita aos tópicos 1 e 2 dessa lista. Porém, nem só de prazos e entregas é composto um acordo, existem também as cláusulas de compliance. E é nelas que reside o perigo.
Cada vez mais se vê na imprensa notícias de grandes organizações incluídas em escândalos de violações de direitos trabalhistas, ambientais e humanos em geral, além dos casos de vazamento de dados. Na maioria esmagadora dos casos, os problemas são constatados na cadeia de fornecedores.
A realização periódica de auditorias de fornecedores é um dos mecanismos contratuais que melhor funciona para prevenir esse tipo de cenário.
São três os tipos mais frequentes de auditoria:
Algumas boas práticas recomendadas pela World Commerce and Contracting para construir bem as cláusulas que estruturam esse tipo de mecanismo de gestão são:
Proteção do meio ambiente, governança corporativa e responsabilidade social são alguns dos temas que estão ganhando cada vez mais espaço dentro do contrato. Para entender mais sobre essas possibilidades, baixe o e-book: ESG + CLM na prática: gestão de contratos para empresas sustentáveis.
Redigir bem os mecanismos de gestão de contratos, adotando as melhores práticas na construção dessas cláusulas, é apenas o primeiro passo para alcançar a excelência na administração dos acordos da sua empresa.
Ainda é preciso contar com as ferramentas adequadas para que essa iniciativa efetivamente traga resultados.
O netLex é um software que torna mais simples e segura a gestão de todos os contratos da sua organização. Além de assegurar a inclusão de todas as cláusulas construídas, com o sistema você também consegue estruturar informações sobre auditorias e análises de qualidade, além de criar alertas para lembrar seus colaboradores sobre os prazos e outros marcos relevantes.
Para entender melhor como o netLex te ajuda na gestão de contratos, converse com nossos especialistas aqui!
Leia mais sobre gestão de fornecedores em: Além da Matriz Kraljic: tecnologia para segmentar a gestão de fornecedores