Em 19 de julho comemoramos o dia nacional do Futebol. Em que pese a paixão pelo esporte, nos últimos anos alguns dos principais clubes do país vêm sofrendo publicamente os danos causados por gestões pouco eficientes.
Em resposta a esse contexto, veio a onda da profissionalização das agremiações, cuja principal estratégia tem sido a constituição da Sociedade Anônima do Futebol.
Porém, os desafios enfrentados na administração de entidades desportivas não são exclusivos dos Clubes de Futebol. Eles também se aplicam aos clubes esportivos em geral, inclusive àqueles voltados à promoção de lazer e atividades recreativas.
Por isso, neste texto você vai entender um pouco mais sobre como promover a profissionalização da gestão de clubes esportivos, com ênfase na importância de adotar as ferramentas adequadas para implementar estruturas de governança eficazes.
Tendência de profissionalização da gestão de clubes esportivos
De acordo com a Associação Brasileira de Clubes, hoje existem no Brasil mais de 11 mil clubes nessa categoria, considerando somente as associações com sede e empregados.
Algumas das entidades mais renomadas incluem, por exemplo, o Minas Tênis Clube, e o Pampulha Iate Clube, ambos em Belo Horizonte, o Esporte Clube Pinheiros e a Sociedade Hípica de Campinas, no estado de São Paulo, além do Clube Curitibano, o Santa Mônica Clube de Campo e o Grêmio Náutico União, todos na região sul do Brasil.
Apesar de não terem finalidade lucrativa, essas agremiações se organizam financeira e administrativamente para oferecer aos seus sócios com o que há de melhor em termos de estrutura de esporte e lazer. Além disso, no caso dos Clubes Formadores, preocupam-se também em oferecer suporte e incentivo à formação e performance dos seus atletas.
Para obter resultados mais eficientes, muitos gestores têm voltado sua atenção à profissionalização das entidades esportivas.
Por onde começar a profissionalizar a gestão de clubes esportivos
O sucesso da profissionalização da gestão em clubes esportivos passa por dois pontos complementares.
O primeiro é a formalização de boas estruturas de governança corporativa, estabelecendo diretrizes claras, definindo papéis e responsabilidades, além de garantir transparência e prestação de contas.
O segundo ponto é a adoção de ferramentas que enquadrem a rotina dentro dessas regras sem criar burocracia. O importante é alcançar um equilíbrio entre eficiência operacional e a implementação de boas práticas de gestão.
Em linhas gerais, esses são os dois principais focos dos administradores que estão profissionalizando a gestão dos seus clubes. Agora, vamos abordar cada um desses tópicos em detalhes.
1. Formalizando estruturas de governança em clubes esportivos
Governança nada mais é do que o conjunto de regras que orienta como a entidade e as pessoas vinculadas a ela atuarão no dia a dia, visando alcançar os objetivos da organização. Essas regras são baseadas não só na legislação em geral, mas também nos valores que guiam a entidade e nas melhores práticas existentes no mercado.
Ao construir estruturas para colocar essas regras na prática, é importante considerar dois pontos-chave:
- Estruturas de gestão corporativa: são as regras que envolvem a constituição, renovação e atuação da diretoria, dos conselhos e dos mandatários, assim como a prestação de contas.
- Estruturas de gestão operacional: são as regras para contratação de fornecedores e funcionários, assim como os fluxos internos de revisão e aprovação dessas contratações.
Ambos os tipos de estrutura são essenciais para o bom funcionamento de qualquer organização. Inclusive, muitas agremiações de grande porte já possuem estruturas de governança previstas nos seus estatutos e outros documentos relevantes.
Porém, para fechar espaços de improbidade e ineficiência, é preciso prestar uma atenção especial para a gestão operacional. Isso ocorre porque falta, nessa frente, o foco nas ferramentas necessárias para implementar essas regras na prática e garantir sua aplicação.
2. Ferramentas para gestão operacional de clubes esportivos
Depois de desenvolver estruturas de governança, é preciso incorporá-las à rotina do clube esportivo. Em todos os casos, quanto maior e mais complexa a organização, maiores os desafios.
Por isso, como muitos gestores já perceberam, implementar essas regras sem as ferramentas adequadas pode acabar gerando uma burocracia verdadeiramente incapacitante.
O caso da gestão operacional é um exemplo claro desse cenário. Alguns dos problemas mais comuns incluem:
- Dificuldades em garantir que todos os contratos são feitos no padrão de governança estabelecido, especialmente quando há muitas revisões e não se tem controle sobre as versões, o que abre margem para acordos desfavoráveis ao clube.
- Fluxos descentralizados de aprovação e assinatura de contratos, conduzidos por e-mail, tornam difícil a reunião de evidências para auditoria do histórico de validação dos termos, além de sobrecarregar a equipe do Jurídico.
- Dificuldades para acompanhar o cumprimento dos contratos, com falta de visibilidade sobre entregas e pagamentos já feitos ou pendentes.
Esses desafios não geram apenas inconsistências no cumprimento das regras de governança, mas também trazem prejuízos financeiros para a entidade. Um estudo recente realizado pela World Commerce and Contracting Association estima que até 8.6% da receita total de empresas seja perdida em decorrência de ineficiências ao longo do ciclo de vida dos contratos.
A melhor forma de evitar esse tipo de problema, e colocar na prática as estruturas de gestão operacional em grandes clubes esportivos, é contar com a ajuda da tecnologia. É possível, por exemplo:
- Automatizar a criação de contratos de acordo com os parâmetros de governança do clube, identificando com facilidade qualquer revisão que implique alteração desse modelo;
- Pré-programar fluxos de revisão e aprovação centralizados em uma única plataforma, mantendo registro integral para auditorias;
- Estruturar e acompanhar, com atualização automática, o cumprimento dos contratos, garantindo visibilidade sobre entregas e pagamentos.
Usando tecnologia de forma inteligente, os clubes esportivos podem enfrentar esses desafios com eficiência e garantir uma gestão operacional em conformidade com as regras de governança estabelecidas.
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