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Avaliação de fornecedores: como escolher parceiros com segurança

A avaliação de fornecedor é o processo sistemático de análise da segurança jurídica, financeira, reputação e de tecnologia das empresas que prestam serviços ou fornecem produtos a uma organização. 

Em um cenário marcado pela rápida evolução tecnológica e pela constante chegada de novos serviços e soluções digitais, avaliar fornecedores com responsabilidade deixou de ser apenas uma boa prática, tornou-se uma exigência estratégica. 

À medida que organizações buscam parceiros para sustentar sua operação, inovar ou escalar, cresce também a preocupação com a segurança da informação, a privacidade de dados e outros gestão de riscos envolvidos nessas contratações.

Afinal, na era da sociedade da informação, não basta entregar valor — é preciso garantir que esse valor seja gerado de forma segura, transparente e em conformidade com a legislação vigente, como a LGPD. Bem como, avaliar a segurança jurídica, reputação e estabilidade financeira destes parceiros empresariais. 

É nesse contexto que entra a avaliação de fornecedores, um processo essencial para assegurar que os parceiros da sua empresa compartilham os mesmos padrões de segurança, ética e confiabilidade.

Ao longo da leitura deste texto, iremos falar a respeito de:

Vamos lá?

O que é uma avaliação de fornecedor?

A avaliação de fornecedor é o processo sistemático de análise e verificação de empresas que prestam serviços ou fornecem produtos a uma organização. 

O objetivo é garantir que o parceiro atenda a critérios mínimos de confiabilidade, qualidade, segurança, capacidade técnica, financeira e conformidade legal, antes da contratação e ao longo da relação comercial.

Mais do que uma formalidade, essa avaliação é uma ferramenta estratégica para minimizar riscos na cadeia de suprimentos, proteger dados sensíveis, manter padrões de qualidade e evitar prejuízos operacionais ou reputacionais.

Ela pode ocorrer em diferentes momentos: antes da contratação (como etapa do processo de onboarding), periodicamente (como parte de um programa de governança) ou após incidentes específicos. E envolve a participação de diversas áreas, como: compras, jurídico, segurança da informação, TI e compliance.

Ao adotar modelos claros de avaliação, com critérios bem definidos e processos automatizados, as empresas conseguem tomar decisões mais seguras, rápidas e alinhadas aos objetivos do negócio.

3 modelos de avaliação de fornecedores

Existem diferentes formas de conduzir o processo, mas o modelo ideal de avaliação de fornecedores depende da maturidade da empresa, do volume de contratações e do nível de risco envolvido na relação comercial. 

Abaixo, apresentamos três modelos amplamente utilizados:

1. Avaliação por critérios de pontuação (scorecard)

Nesse modelo, são definidos critérios objetivos, como qualidade do serviço, cumprimento de prazos, certificações, atendimento a requisitos legais e práticas de segurança da informação. 

Cada critério recebe uma pontuação, e o fornecedor é classificado com base em um score final. É ideal para comparações padronizadas e tomada de decisões mais estruturada.

2. Avaliação baseada em risco (risk-based assessment)

Foca na identificação e mensuração dos riscos associados à contratação, especialmente em relação à proteção de dados, compliance, criticidade do serviço e impactos operacionais. 

O objetivo é avaliar se o risco pode ser assumido, mitigado ou se a contratação deve ser barrada. É o modelo essencial para fornecedores que lidam com dados sensíveis ou atividades críticas.

3. Avaliação qualitativa colaborativa

Envolve diferentes áreas da empresa (compras, jurídico, segurança da informação, TI, compliance etc.) na análise conjunta do fornecedor, considerando percepções, experiências anteriores e capacidade de resposta.

É útil, por sua vez, para avaliar fornecedores estratégicos ou contratos de longo prazo, em que a relação vai além de requisitos técnicos.

Quais são os critérios de avaliação de um fornecedor?

Ao realizar a análise de fornecedores é necessário avaliar diversos quesitos, em processo que envolve áreas como Segurança da Informação, Privacidade e Proteção de Dados, Tecnologia da Informação e Financeiro, entre outras.

1. Análise da segurança da informação do fornecedor

A avaliação da segurança da informação deve verificar se o fornecedor possui uma infraestrutura técnica robusta e práticas consolidadas para proteger os dados que trafegam em seus sistemas. 

Isso inclui medidas como criptografia de dados, backups automáticos, controle de acesso por perfis, autenticação multifatorial e planos de resposta a incidentes.

O objetivo é garantir que, independentemente da criticidade do serviço prestado, o fornecedor seja capaz de manter a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade das informações envolvidas na operação. Um parceiro com falhas nesse aspecto pode se tornar uma porta de entrada para riscos que impactam diretamente a sua empresa.

Sempre que possível, contar com um sistema de avaliação estruturado ajuda a padronizar critérios técnicos e reduzir o risco de contratar fornecedores que não atendem aos requisitos mínimos de segurança.

2. Análise de privacidade e proteção de dados do fornecedor

Garantir que o fornecedor esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é fundamental para mitigar riscos jurídicos, evitar sanções regulatórias e proteger os dados pessoais sob responsabilidade da sua empresa. 

Afinal, a exposição a um parceiro não adequado pode comprometer toda a cadeia de conformidade e segurança da informação.

Como avaliar se o fornecedor atende à LGPD?

Avaliar o grau de adequação do fornecedor à LGPD é uma etapa crítica antes da contratação. Esse processo envolve verificar se o parceiro possui políticas de privacidade claras, mecanismos de segurança, bases legais definidas para o tratamento de dados e estrutura mínima para responder a incidentes ou solicitações dos titulares. 

Ignorar esses pontos pode expor sua organização a riscos jurídicos, financeiros e reputacionais.

3. Análise da tecnologia da informação do fornecedor

Avaliar a estrutura de tecnologia da informação (TI) do fornecedor ajuda a entender se ele possui os recursos técnicos necessários para prestar o serviço com segurança, estabilidade e eficiência. 

Isso inclui verificar práticas como backup, controle de acesso, uso de criptografia, políticas de atualização de sistemas e resposta a incidentes.

Um ambiente de TI desatualizado ou mal gerido pode gerar falhas que afetam diretamente a sua operação.

4. Análise financeira do fornecedor

Avaliar a saúde financeira do fornecedor é importante para garantir que ele tenha capacidade de cumprir o contrato até o fim, sem interrupções ou inadimplências. 

Verificar histórico de faturamento, endividamento, certidões negativas e outros indicadores que ajudem a identificar possíveis riscos de continuidade ou fragilidade econômica é imprescindível neste caso.

5. Análise jurídica do fornecedor

A análise jurídica tem como objetivo verificar se o fornecedor está em conformidade com obrigações legais e regulatórias. 

Isso envolve checar a regularidade da empresa (como CNPJ ativo, contratos sociais atualizados e certidões negativas), além de avaliar cláusulas contratuais, riscos de litígios e possíveis pendências judiciais que possam impactar a prestação do serviço.

Leia mais sobre como tornar sua gestão de fornecedores mais eficiente em:

Para saber mais sobre como o netLex pode ajudar a sua empresa na jornada de análise de fornecedores, fale com um de nossos especialistas  

Equipe netLex
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