O Gustavo Maciel, arqueiro e engenheiro de software do netLex, conta como foi a
experiência de participar do Pan-Americano de Tiro com Arco no Chile, entre 19 e 27 de novembro de 2022. Ele foi patrocinado pelo netLex e participou da equipe premiada com a medalha de bronze, vencendo por 6-2 o time do Chile na categoria Barebow (Arco sem mira).
Estamos muito orgulhosos do nosso atleta netLex e desejamos sorte nos próximos
desafios! Veja abaixo o relato do Gustavo sobre sua experiência e aprendizados no evento esportivo.
“É dificil descrever a sensação de ter participado do Pan-Americano de Tiro com Arco no
Chile, mas vou tentar começar pela convocação.
Em Agosto de 2022, a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO) publicou um
edital convocando os atletas interessados para participarem de um processo de seleção
para o Pan-Americano na minha modalidade, o Barebow (Arco sem mira), da qual já fui até
medalhista brasileiro. Eu acabei decidindo me inscrever e tive a honra de ser convocado.
No primeiro momento fiquei muito feliz de representar o Brasil e a modalidade, que hoje
ainda não tem tanto reconhecimento. Seria a nossa chance de ganhar os holofotes. Porém,
depois que a ficha caiu, eu pensei: "como vou fazer para ir?".
Eu tinha dois desafios para resolver: o primeiro era como conseguir alinhar tudo no netLex
para que eu pudesse ir com a cabeça mais tranquila; o segundo era como conseguir
levantar verba para viajar. Apesar de ser convocado, os custos da viagem seriam todos por
minha conta, já que o financiamento só estaria disponível para modalidades olímpicas, o
que não é o caso do Tiro com Arco do tipo Barebow.
O primeiro problema foi mais tranquilo de resolver. Eu conversei com a Tammy e o
Leopoldo, os dois outros integrantes do meu Squad, para fazermos alguns alinhamentos. Nós vimos que tínhamos tempo para planejar e organizar as coisas com tranquilidade. Logo
depois levei a questão ao Flávio e Wagner, respectivamente o CEO e o COO da empresa,
que me apoiaram muito. Ou seja, nesse ponto eu já tinha sido acolhido e apoiado pelo
netLex.
O segundo problema foi bem mais difícil, afinal os custos da viagem eram altos, de
aproximadamente 5000 reais. Em um primeiro instante, eu e os outros atletas mineiros
convocados montamos uma vaquinha para ajudar nos custos. O dinheiro que conseguimos
reunir abateu muito desse valor total. O fato de nós já termos recebido a colaboração de
muitos netLecos fez com que eu me sentisse ainda mais acolhido.
Tudo ficou ainda melhor quando, num belo dia, fui chamado pelo Ramon e Amanda e eles
me deram uma noticia que me alegrou ainda mais: o netLex queria me ajudar
financeiramente, com um patrocínio! Nesse momento eu pude ter certeza da rede de apoio
que eu tinha. É muito bom fazer parte de uma empresa que te dá todo esse suporte.
Com tudo resolvido, faltava a parte que para mim seria mais importante: ir para o
campeonato, primeiro o Brasileiro e depois o Pan-Americano, fazer o que eu sei fazer e
ganhar algumas medalhas.
A etapa classificatória do campeonato Brasileiro foi meu primeiro tombo, mas que me
ensinou muito sobre o esporte. Minha performance foi ruim e fiquei fora da equipe do meu
clube. Naquele momento, não estava me sentindo capaz ou merecedor de ir para o Pan-
Americano. Para ser sincero, chorei, me fechei e quase desisti de ir. Porém, pensei em
todos que estavam do meu lado me apoiando, conversei com minha técnica e com minha
namorada, que me ajudaram muito, e pude enxergar que existem dias bons e dias ruins.
Concluí, então, que eu não podia me cobrar tanto e entendi nesse dia que eu só precisava
fazer aquilo do que eu gosto, sem me sentir tão obrigado.
No dia dos combates individuais eu fui contra meu companheiro de seleção, um senhor
experiente e com muitos anos de tiro. Nós fizemos um combate acirrado e, no final, eu
acabei perdendo de 6 x 4. Saí feliz desse combate, pois sabia que tinha dado trabalho e
feito o meu melhor. A partir desse momento foi só alegria.
Pronto. Com o Brasileiro finalizado só faltava o Pan-Americano. A viagem foi alegre, mas
com um misto de emoções. Tudo é uma experiência única:chegar no aeroporto com uma
delegação toda uniformizada, nos encontrarmos com nossos companheiros de tiro fundos
de outros países… Naquele momento eu mal pude controlar minha ansiedade. Fiz o treino
oficial bem, porém com algumas falhas.
No dia da classificatória, o nervosismo bateu um pouco. Iniciei com uma pontuação ruim,
mas sem me cobrar demais sobre ficar na última posição. Afinal, só tinham craques no time.
Na segunda etapa eu finalmente encontrei meu tiro novamente. Eu e meu arco fizemos as
pazes e consegui melhorar significativamente. Quando vi, estava na equipe da seleção, o
que me deixou muito feliz.
No dia dos combates por equipes, estávamos eu e dois arqueiros experientes no mesmo
time. Na primeira rodada, um clássico Brasil contra Argentina, fizemos uma formação mais
tradicional, deixando os mais experientes para atirar em 1º e 3º, que são as posições mais
tensas, e, no meio, o arqueiro menos experiente (eu), já que aquele seria um tiro mais
confortável. Não deu muito certo, enquanto os atiradores mais experientes estavam saindo
muito das zonas de pontuação mais altas, a minha média estava consistente. Nós não
conseguimos ganhar dos Argentinos.
Então, nós fomos disputar o bronze contra os Chilenos, os donos da casa. Decidimos fazer
uma formação diferente: passei a atirar primeiro. Eu consegui abrir bem em todas as séries,
o que deu confiança aos outros atletas. Ao final, foi o meu 10, um tiro perfeito, que nos deu
a medalha! Eu não consegui conter a alegria, foi minha primeira medalha internacional!Os combates individuais foram uma aula também. Saí no primeiro, mas fui muito respeitado
pelo adversário, que não me subestimou em qualquer momento. Ele sabia que, se desse
algum “mole”, eu poderia ganhar dele!
A troca de experiências e o contato com outros povos e culturas foi inexplicável. A
oportunidade de representar o Brasil no Pan-Americano de Tiro com Arco me ensinou muito
sobre o esporte, mas principalmente sobre os meus limites e também sobre o meu
potencial. Saio de lá com muito aprendizado, com gosto de quero mais e com muito a
melhorar para o próximo.”
Gostou dessa história? Aproveite para conhecer também o Henrique, que conta como foi o desafio de entrar na empresa e tornar-se pai ao mesmo tempo em: Minha história: um ano de netLex, um ano de gratidão
Se você já viu o relato do Henrique e quer saber mais sobre a nossa empresa, leia: Os quatro pilares culturais do netLex.