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Minha história: um ano de netLex, um ano de gratidão!

Escrito por Henrique Bossi | Apr 12, 2022 5:27:18 PM

Olá! Meu nome é Henrique Bossi e eu sou Customer Success Manager no netLex desde 2021.

Peço desculpas para quem esperava um texto tradicional de agradecimento após completar um aniversário de empresa, mas este será um pouco diferente.

Também não pense que estou insatisfeito ou algo do tipo, a empresa cresce a cada minuto, meu squad dobrou de tamanho, tem vaga aberta e, além disso, a carreira de CS se amplia por diferentes vertentes de especialidades, então estou mais que feliz profissionalmente. No entanto, eu quero trazer um outro olhar deste ciclo.

Um outro olhar

Minha filha nasceu no dia 14 de novembro do ano passado. Ou seja, antes mesmo do meu primeiro dia de netLex ela já existia, e nós descobrimos essa maravilhosa notícia pouco tempo depois da minha chegada aqui.

Eu sei que irá parecer algo bobo para muitos, mas fazer um anúncio como esse não é tão simples assim. Qual a melhor forma de contar? Eu havia chegado há pouco tempo e não tinha muita intimidade: “Devo esperar um pouco mais?”, “Peço uma reunião?”, “Aviso em uma diária da equipe?”.

Pois aqui temos a primeira surpresa: a reação das pessoas foi incrível, uma felicidade compartilhada e um interesse genuíno com muitas e muitas perguntas! Me senti extremamente acolhido e tranquilo em relação ao apoio que teria ao longo dos próximos meses.

As surpresas da jornada

Mas não parou por aí!  Algum tempo depois, eu passei um bom tempo sofrendo  para entender a razão das gavetas da cômoda não encaixarem de forma nenhuma ("sofrências" de um pai de primeira viagem), até que chamei um especialista em montagem. Ele chegou logo cedo em uma  manhã que, fora isso, aparentava que seria normal.

Descobrimos que o desafio das gavetas realmente não era tão simples, e ele levou algumas horas de trabalho para chegar na solução e alinhar as benditas. Ao mesmo tempo, eu seguia com a rotina do trabalho e me preparava para a reunião interna diária no final da manhã.

Com cinco minutos de reunião, o interfone toca. Minha esposa estava acompanhando a saga da cômoda, então eu peço um minuto e corro para atender: era a Amanda! Qual Amanda? Do time de People do netLex! Eu parei por um segundo e pensei: “não é possível que ela veio até aqui só pra me demitir!” enquanto ela, do outro lado, me pedia para descer com a minha esposa.

Ok, então tínhamos: o montador e as gavetas, a reunião, a esposa grávida e a moça do RH me esperando lá embaixo. Pedi cinco minutinhos, o montador já estava organizando suas ferramentas e eu avisei na reunião que iria precisar de mais um tempo.

Descemos todos e, surpreendentemente, nos deparamos  com o “Unão do Faustão”! Bem, não exatamente “DO Faustão”. Este foi o apelido carinhoso que demos para aquele carro abarrotado de fraldas — sem exagero, eram fraldas por todos os lados e até o teto, a foto não me deixa mentir —  cujo conteúdo havia sido financiado por toda a empresa, que se reuniu e fez uma vaquinha para nos ajudar com mais de duas mil fraldas! Isso mesmo, DUAS MIL FRALDAS!

É difícil explicar o sentimento do momento, já que gratidão parece pouco. Eu me senti abraçado por cada pessoa, sendo que a maioria eu até hoje nunca vi pessoalmente e, muitos, eu não havia nem conversado.

Ainda tem mais!

Como eu disse no início, minha filha nasceu em novembro, porém não foi possível irmos para casa nos dias seguintes ao nascimento. Tudo correu bem com o parto, ela e a minha esposa estavam bem, porém minha filha teve uma doença muito comum em recém-nascidos, chamada icterícia.

Tivemos que passar mais seis dias na maternidade até que ela recebesse alta. Talvez você não saiba, mas, por lei, a licença paternidade é de cinco dias corridos, então como eu fiz? Trabalhei na maternidade? Gastei horas do banco? Pedi mais alguns dias?

Eu sei que aquele volume de fraldas foi algo extraordinário, mas o melhor presente daquele dia foi ter recebido um mês de licença paternidade — benefício que foi concedido a toda a empresa. Eu serei eternamente grato por esses trinta dias, pois eu pude acompanhar esse período a mais na maternidade, levar minha filha para casa, dar o primeiro banho, apresentar o quarto que montamos com tanto carinho e, ao lado da minha esposa, enfrentar todos os desafios das primeiras semanas de vida de uma pessoa neste mundo.

É algo que não tem como mensurar, não tem preço, não existe uma forma de retribuir algo tão precioso.

Reflexão

Eu sei que fui privilegiado e que não existem muitas histórias como a minha, mas o que eu queria deixar como reflexão, é: Porque não?  Qual a razão de isso não ser uma prática comum no mercado de trabalho? Por que a ausência de um funcionário por trinta dias gera uma repercussão tão grande para as empresas?

Certamente há várias justificativas, mas só eu sei o tamanho do impacto que gerou na minha família eu ter podido acompanhar de perto os trinta primeiros dias da minha filha. Portanto, se este texto ajudar mais algum pai a vivenciar isso, eu já me dou por satisfeito.

Obrigado mais uma vez, netLex. Uma cultura forte define uma empresa e a faz alcançar marcos não imaginados.

Gostou dessa história? Veja também o "Uma medalha de bronze para ficar na história", do Gustavo Maciel.