Garantir que uma empresa esteja em conformidade com as leis, regulamentos e normas aplicáveis é um verdadeiro desafio. Mas é a base para proteger as organizações e as pessoas contra desvios de condutas, irregularidades e ilicitudes.
A implementação e o progresso das leis anticorrupção, juntamente com as investigações de irregularidades no Brasil nos últimos anos, têm incentivado empresas de todos os tamanhos a criar códigos internos de conduta para cumprir com as normas. Esse processo é chamado de compliance.
Muitas empresas ainda enfrentam desafios significativos ao integrar práticas de compliance em suas estratégias de gestão de riscos. Neste artigo, vamos mostrar como executar esse trabalho com eficiência em 6 passos!
O termo compliance pode ser entendido como a garantia de que as atividades e processos estejam alinhados às normas e procedimentos legais, tanto externos quanto internos à organização.
Ou seja, a empresa deve seguir o que a lei exige e também estabelecer políticas internas e uma cultura organizacional que evitem fraudes, multas, potenciais danos à reputação da organização e outros riscos.
Esses riscos podem ser de diversas naturezas, tais como:
Quando se trata do papel do compliance na gestão de riscos, podemos dizer que as organizações que executam a gestão do risco de conformidade avaliam o impacto potencial do risco de conformidade e determinam como avançar para conter ou reduzir o risco.
Embora os erros sejam inevitáveis, o objetivo da gestão do risco de conformidade é reduzir o risco operacional de não conformidade dentro de um limite aceitável definido pelas partes interessadas e pelos reguladores.
Após entender o conceito e a relação entre gestão de riscos e compliance é necessário destacar os principais benefícios que o seu negócio pode conquistar com eles.
O principal benefício do compliance é assegurar que a empresa esteja em conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis. Assim, é possível evitar penalidades severas e proteger a reputação da organização.
Um robusto programa de compliance fortalece a governança corporativa ao garantir que as decisões empresariais sejam tomadas com base em práticas éticas e responsáveis. Isso aumenta a confiança dos stakeholders e melhora a imagem da empresa no mercado.
O compliance traz uma visão clara dos riscos associados a diferentes ações e decisões empresariais. Ele permite que a gestão tome decisões com base em informações sólidas, confiáveis e estratégicas.
Com isso, o gestor consegue reduzir a exposição a esses eventuais perigos que a empresa enfrenta. Inclusive, é possível observar uma melhora na eficiência operacional e na sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Implementar um programa que visa garantir a conformidade das ações da empresa depende da adoção de estratégias bem estruturadas. Abaixo, listamos 6 dicas essenciais para integrar compliance na gestão de riscos de forma eficaz. Continue a leitura!
A primeira etapa é reconhecer que compliance e gestão de riscos são interdependentes. A integração dessas áreas permite uma visão holística dos riscos e facilita a implementação de controles que atendam às necessidades de conformidade e a mitigação de riscos.
Portanto, é necessário promover uma cultura organizacional que valorize ambas as práticas como parte do cotidiano dos colaboradores.
A ação vai ajudar as atividades e comportamentos esperados dos colaboradores. Essas diretrizes devem abranger todas as áreas da empresa.
As políticas precisam passar por processos que vão desde operações mais simples até a governança corporativa. Além disso, elas devem ser revisadas e atualizadas regularmente, sempre com o foco de refletir mudanças nas regulamentações e no ambiente de negócios.
Um programa de compliance eficaz deve incluir treinamento contínuo, comunicação clara e um canal seguro para denúncias de irregularidades.
O treinamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada departamento. Dessa forma, todos os funcionários conseguem compreender suas responsabilidades em relação ao compliance.
Identificar e analisar detalhadamente os perigos que rondam a empresa é um processo contínuo que deve envolver todas as áreas da organização. Portanto, o gestor deve utilizar ferramentas de avaliação de riscos para mapear e priorizar os perigos em potencial.
Além disso, é importante monitorar constantemente esses riscos e revisar suas estratégias de mitigação, conforme necessário, com o intuito de garantir que as práticas de compliance e gestão de riscos permaneçam eficazes.
Desenvolva e implemente controles internos que possam detectar, prevenir e corrigir violações de compliance. Esses controles devem ser integrados aos processos operacionais da empresa e auditados regularmente para garantir sua eficácia.
Uma forma de fazer isso é investir em uma boa gestão de contratos. Controles bem estabelecidos ajudam a garantir que a empresa opere dentro dos padrões legais e regulatórios.
A automação de processos de compliance aumenta significativamente a eficiência e a precisão das suas práticas. Algumas ferramentas ajudam a monitorar e reportar conformidade, além de facilitar a gestão de documentos e a auditoria.
A utilização de tecnologias avançadas, como inteligência artificial e aprendizado de máquina, fornece insights valiosos e antecipam possíveis riscos.
Implementar e manter um programa de compliance eficaz pode ser desafiador, mas o primeiro passo para entender como superar esses problemas é entender um pouco mais sobre eles. Veja o que você pode fazer em diferentes situações!
Nesse caso, os funcionários podem perceber as novas políticas e procedimentos como ações burocráticas ou mesmo desnecessárias.
Para superar essa resistência, vale a pena promover a cultura de compliance desde a liderança. Além disso, oferecer treinamentos regulares e envolver os funcionários no desenvolvimento das políticas também ajuda a aumentar o engajamento e a adesão.
As regulamentações podem ser complexas e variar significativamente entre diferentes jurisdições e setores, fazendo com que as empresas tenham dificuldades para se manterem atualizadas quanto a todas as exigências.
Para enfrentar esse desafio, é recomendável investir em consultoria especializada e utilizar tecnologias de compliance que ofereçam atualizações automáticas sobre mudanças regulatórias.
Adotar práticas de segurança da informação, como criptografia e controles de acesso, é essencial para proteger dados sensíveis. Nesse sentido, o gestor precisa estabelecer políticas claras de privacidade e realizar auditorias regulares, a fim de garantir a conformidade com as leis de proteção de dados.
A falta de comunicação clara e transparente pode levar a mal-entendidos e não conformidades. Para resolver esse problema, é importante disponibilizar canais abertos e seguros para que os funcionários relatem preocupações ou irregularidades sem medo de retaliação.
Outra prática interessante é realizar reuniões regulares para discutir questões de compliance. Além disso, esses momentos podem ser utilizados para atualizar os colaboradores sobre novas políticas e procedimentos relacionados à gestão de compliance e risco.
Por fim, é importante entender que o compliance na gestão de riscos é um assunto que deve ser pautado com muita cautela, sempre levando em consideração as necessidades e perfil da empresa — além de contar com a tecnologia para facilitar todo esse processo.
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