Diante de tantas mudanças de legislação, novas tecnologias e práticas empresariais mais modernas, os departamentos jurídicos enfrentam um grande desafio: a adaptação a esse cenário dinâmico.
O planejamento estratégico surge com o objetivo de oferecer suporte para que organizações adotem novos comportamentos baseados em metas tangíveis e dados estruturados.
Além disso, é a partir desse recurso que as empresas conseguem reavaliar o que foi feito dentro da gestão jurídica até então, para que, em seguida, possam traçar uma nova rota, com os próximos passos.
Quer saber como o planejamento estratégico pode beneficiar o seu departamento jurídico? Descubra 7 dicas práticas que vão transformar o seu negócio!
O planejamento estratégico jurídico, ou advocacia estratégica, é uma abordagem proativa, que consegue antecipar possíveis oportunidades, desafios e riscos dentro de uma empresa.
Pense no seguinte exemplo: imagine que seu departamento jurídico precisa iniciar uma nova parceria comercial. Sem um planejamento estratégico, os contratos podem conter cláusulas desfavoráveis, questões regulatórias passarem despercebidas e riscos jurídicos serem ignorados.
No entanto, ao adotar uma abordagem proativa, sua equipe analisa os possíveis cenários com antecedência, revisa contratos, antecipa desafios legais e, assim, pode tomar decisões mais seguras. Dessa forma, o jurídico deixa de ser apenas um setor reativo e passa a atuar de forma estratégica para o sucesso do negócio.
O planejamento estratégico não só resguarda os interesses da empresa e do cliente, como também fortalece a relação entre ambos. Isso resulta em uma parceria mais confiável e de longo prazo.
Um dos grandes desafios da gestão estratégica em departamentos jurídicos é que os profissionais de direito não são preparados para essa função. A formação jurídica tradicional foca no estudo das leis, doutrinas e jurisprudências, mas pouco ou nada ensina sobre administração, planejamento estratégico ou indicadores de desempenho.
Essa situação faz com que muitos advogados, ao assumirem cargos de gestão, precisem aprender na prática a lidar com orçamento, métricas de produtividade e alinhamento estratégico com os objetivos da empresa.
Além da falta de preparo em gestão, outro desafio é a adaptação às novas tecnologias. Com o avanço das Legal Techs e a digitalização dos processos, o departamento jurídico precisa se modernizar para ser mais eficiente.
Isso envolve o uso de softwares para automação e gestão de contratos, análise de dados para decisões estratégicas e até inteligência artificial para revisão de documentos. No entanto, a resistência à mudança e a falta de conhecimento sobre essas ferramentas dificultam sua implementação.
Por fim, temos o ponto crítico ligado à comunicação eficaz com outras áreas da empresa. O jurídico, muitas vezes, é visto como um setor burocrático e distante das decisões estratégicas.
Para reverter essa percepção, é necessário que o departamento atue de forma integrada, demonstrando como sua atuação contribui para a mitigação de riscos e o crescimento sustentável do negócio.
Superar esses desafios exige uma mudança de mindset, capacitação constante e, sobretudo, o uso inteligente da tecnologia. Departamentos jurídicos que conseguem evoluir nessa direção deixam de ser apenas solucionadores de problemas e passam a ser parceiros estratégicos dentro das empresas.
Adotar novas práticas de gestão reflete não só no departamento jurídico, como em toda a organização. Afinal, como você já sabe, esse setor não funciona sozinho. É preciso que todos os outros estejam funcionando em sintonia para que o negócio possa prosperar.
É claro que cada empresa tem as suas particularidades e modos de atuação. No entanto, existem alguns processos indispensáveis que norteiam a criação de um planejamento estratégico funcional. Descubra, a seguir, um checklist com 8 pontos que você deve levar em consideração ao montar o seu documento!
Antes mesmo de iniciar o planejamento estratégico do seu departamento jurídico, é fundamental entender melhor a empresa. Conheça todos os detalhes, desde os processos produtivos, a posição no mercado, os riscos, o faturamento até outros pormenores que podem passar despercebidos.
Daí a importância de formar profissionais com uma visão holística sobre gestão e processos administrativos, não apenas com conhecimento sobre legislações e questões jurídicas.
A função do departamento é compreender os riscos legais do negócio e fazer o aconselhamento jurídico, mas também agregar outras funções ao seu ofício. Ele deve participar de treinamentos, desenvolver ideias, criar estratégias e assumir uma postura mais interconectada com outros setores.
As métricas auxiliam o profissional a medir o desempenho das atividades e serviços e podem ser usadas para a construção de indicadores (KPIs). Elas são medidas a partir de dados quantitativos e qualitativos conseguidos a partir de ferramentas específicas.
Sem elas, o planejamento estratégico do departamento jurídico é feito às cegas. Afinal, tudo o que é coletado serve como base para a tomada de decisão. Por isso, adote métricas que façam sentido para a sua empresa.
Com base nas métricas, é possível estabelecer metas para o planejamento estratégico empresarial. Assim como em qualquer negócio, é fundamental saber onde se quer chegar.
Então, inclua informações claras e tangíveis, com objetivos alcançáveis e transforme essas ideias em prática. Uma abordagem que pode ajudar é seguir o método SMART. Através dele, você consegue determinar os objetivos específicos (S), mensuráveis (M), atingíveis (A), relevantes (R) e com prazo definido (T).
Após a criação das metas, distribua as tarefas para pessoas específicas. Isso vai promover um senso de responsabilidade na equipe garantindo que os objetivos sejam alcançados de forma conjunta.
Mas fique atento à carga de trabalho: promova um ambiente colaborativo, engajado e saudável. Realize periodicamente cursos, workshops e capacitações para que cada pessoa esteja conectada ao propósito maior e possa realizar a sua função com maestria.
Assim como costumamos avaliar o ano que passou de forma crítica, reconhecendo os erros e acertos e buscando a melhoria para o próximo ano, também deve-se fazer isso durante a construção do planejamento estratégico.
Fazer um 360º com o que deu certo ou não ajuda a traçar novas rotas e planejar novos objetivos, com o objetivo de crescer e evoluir. E caso você não tenha ainda um planejamento estratégico anterior, essa é uma ótima oportunidade de começar um do zero para servir de base para os futuros.
Ao estabelecer os objetivos e aplicá-los, é importante monitorar as ações para perceber os efeitos delas. Se algo não faz mais sentido, é hora de rever as metas e quem sabe mudá-las. Por isso, estipule prazos para realizar uma avaliação geral e mudança de rota, que pode ser a cada trimestre ou semestre
Ferramentas inovadoras permitem não apenas otimizar processos, mas também tornar as decisões mais assertivas e embasadas em dados.
Softwares de gestão jurídica, por exemplo, ajudam a organizar contratos, monitorar prazos e controlar demandas com eficiência. Já soluções de automação reduzem o tempo gasto em tarefas repetitivas, como a elaboração de documentos e a análise de cláusulas contratuais.
Além disso, a inteligência artificial pode ser utilizada para prever riscos, identificar padrões em litígios e até sugerir estratégias com base em dados históricos.
Uma ferramenta que vem se destacando nesse cenário é o netLex, que possibilita uma gestão de contratos mais eficiente, automatizando processos e garantindo mais segurança e controle sobre os documentos jurídicos.
Com soluções como essa, os departamentos jurídicos conseguem estruturar um planejamento estratégico mais sólido e alinhado à transformação digital.
O que você acha sobre o uso de tecnologia na gestão jurídica? Seu departamento já utiliza alguma ferramenta inovadora? Deixe seu comentário e compartilhe sua experiência!