Com o avanço da tecnologia e transformações digitais, novas profissões surgiram e antigas ocupações ganharam novas roupagens e características. Neste artigo, vamos falar sobre o CFO, o Diretor Financeiro de grandes empresas.
Mas a propósito, como essa transição de nome impactou o ambiente corporativo? É possível ter uma carreira de CFO e se destacar nessa função?
É normal ter dúvidas sobre esse assunto, afinal, não se trata apenas de uma mudança na nomenclatura, mas também no contexto de atuação desse profissional.
Ao longo do texto, você vai entender qual o papel do CFO na estratégia de negócios e como se tornar um especialista em finanças.
Qual o significado da sigla CFO?
O CFO, ou Chief Financial Officer, é um profissional que cuida das finanças de uma empresa, uma espécie de tesoureiro.
Também conhecido como Diretor Financeiro, o trabalho do profissional se divide em dois aspectos principais: supervisionar a função financeira e garantir o alto desempenho da organização como um todo. Ou seja, ele também ter uma visão holística sobre outros setores da empresa para acompanhar os pontos fortes e fracos da companhia.
Ou seja, a gestão financeira pelo profissional CFO deve garantir organização, o planejamento dos recursos e uma boa administração dos seus recebíveis.
Quais as responsabilidades do dia a dia e um CFO?
Uma das maiores obrigações do profissional é garantir que a estrutura financeira da empresa seja condizente com o que foi planejado. Mas a atuação não deve estar restrita apenas às análises numéricas e report de cifras.
Eles precisam ser estratégicos e capazes de coordenar os negócios, as funções e fazer com que as pessoas colaborem.
Logo, o dia a dia de uma pessoa diretora financeira passa por muitas responsabilidades, como:
- Ter uma visão macro do negócio como um todo;
- Fornecer à empresa análises precisas do orçamento, prevendo cenários da sua situação financeira;
- Ter uma postura de líder para conseguir fazer avaliações de curto, médio e longo prazo;
- Manter o alinhamento entre orçamento empresarial e planejamento estratégico;
- Entender as percepções e necessidades dos outros diretores e encontrar soluções para as questões;
- Garantir que a empresa está em conformidade com os impostos, taxas, tributos e contribuições;
- Certificar-se que os contratos estejam alinhados às regulamentações e às melhores práticas do mercado, reduzindo riscos legais e financeiros;
- Supervisionar a gestão de contratos, assegurando que os compromissos financeiros estejam bem estruturados, reduzindo riscos legais e otimizando custos;
- Trabalhar em conjunto com o departamento jurídico para mitigar riscos regulatórios e garantir a conformidade contratual da empresa;
- Avaliar cláusulas contratuais que possam impactar diretamente o fluxo de caixa e a rentabilidade da organização;
- Assegurar que processos de auditoria e compliance sejam seguidos em todas as transações financeiras e contratuais;
- Estar atento a todas as nuances do Departamento Financeiro;
- Ter um bom relacionamento e boa comunicação com os clientes, colegas, fornecedores, investidores e outros stakeholders;
- Sugerir novas estratégias financeiras;
- Estar atento ao mercado e às inovações tecnológicas na área financeira;
- Preparar e apresentar relatórios financeiros, garantindo a transparência e ética que se espera desse profissional.
Quais as habilidades necessárias para ser CFO?
O papel do Chief Financial Officer vai muito além da gestão de números e do controle financeiro. Em grandes corporações, ele é um dos principais tomadores de decisão e atua diretamente na definição das estratégias de crescimento e sustentação da empresa. Para isso, sua atuação deve estar fortemente conectada com o departamento jurídico, garantindo conformidade regulatória, prevenindo riscos e estruturando operações financeiras seguras.
Para isso, sua atuação deve estar conectada com o departamento jurídico. A sinergia entre as áreas cria uma estrutura organizacional mais resiliente e capaz de responder de maneira eficaz a desafios regulatórios, financeiros e operacionais. Dessa forma, é assegurado que os interesses financeiros estejam alinhados à segurança jurídica da empresa, permitindo um crescimento sustentável e com menor exposição a riscos.
A seguir, exploramos as principais habilidades que um CFO de alta performance e integrado ao setor jurídico.
Visão estratégica com foco em risco e conformidade
Um CFO precisa enxergar além dos demonstrativos financeiros. Ele deve avaliar riscos regulatórios e contratuais que possam impactar os resultados da empresa, garantindo que os investimentos e expansões estejam alinhados com a legislação e com as melhores práticas de governança corporativa. A interação com o departamento jurídico permite que decisões financeiras sejam embasadas em análises jurídicas sólidas, evitando passivos futuros.
Liderança na gestão de riscos financeiros e jurídicos
O profissional qualificado compreende que riscos financeiros estão frequentemente interligados a riscos legais. Questões como due diligence em fusões e aquisições, cumprimento de contratos e regulações setoriais exigem uma atuação coordenada entre financeiro e jurídico.
O CFO deve ser capaz de antecipar impactos regulatórios em operações financeiras, garantindo que a empresa esteja preparada para cenários adversos.
Integração entre financeiro, jurídico e compliance
O CFO desempenha um papel-chave na integração do departamento jurídico com as demais áreas da empresa. Um exemplo concreto disso é a gestão de contratos: quando o financeiro e o jurídico trabalham juntos, a empresa melhora a eficiência na elaboração, revisão e execução dos contratos, reduzindo riscos de litígios e multas. Além disso, uma governança de contratos eficiente permite maior previsibilidade financeira e evita surpresas no fluxo de caixa.
Conhecimento profundo do negócio e impacto regulatório
A atuação do CFO não acontece de forma isolada. Ele precisa compreender profundamente os desafios regulatórios do setor em que a empresa opera, bem como os impactos das mudanças legislativas no modelo de negócio.
Questões como tributação, compliance trabalhista e regulação de mercado são decisivas para a sustentabilidade financeira da empresa. Logo, a sinergia entre CFO e jurídico permite antever riscos e estruturar a empresa para crescer com segurança.
Como ser um CFO: qual a formação requerida?
Para se tornar um Chief Financial Officer (CFO), a formação acadêmica costuma estar ligada a Contabilidade, Administração e Finanças, com graduações em Economia, Ciências Contábeis e Administração de Empresas sendo comuns entre esses profissionais. Essas áreas fornecem uma base sólida em gestão empresarial, análise financeira e planejamento estratégico.
No entanto, o papel do CFO vai além da gestão financeira. O conhecimento jurídico tem se tornado cada vez mais relevante para garantir conformidade regulatória, mitigar riscos e estruturar operações seguras.
Apesar de não ser obrigatório, cursos em Direito Empresarial, Contratos e Governança Corporativa agregam valor ao CFO, tornando sua atuação mais eficiente na interação com o departamento jurídico e na gestão de passivos financeiros e legais.
Além da formação, a experiência prática é fundamental. Profissionais que iniciam como analistas financeiros, controladores ou contadores devem desenvolver habilidades como elaboração de relatórios, análise de dados e compreensão de sistemas contábeis e regulatórios. Com o tempo, é possível assumir posições estratégicas e liderar a empresa rumo ao crescimento sustentável.
Quanto ganha um Chief of Financial officer?
A remuneração de um Chief Of Financial Officer (CFO) em 2025 varia de R$ 25 mil a R$ 35 mil, de acordo com o Glassdoor.
No entanto, o valor exato vai depender do tamanho da empresa e da experiência do profissional. Em organizações de grande porte, por exemplo, o teto pode ser influenciado pelo faturamento da empresa e o setor de atuação.
Qual a importância do bom relacionamento entre a diretoria financeira e a diretoria jurídica?
A gestão de contratos em grandes corporações é um processo que exige a integração entre financeiro e jurídico. Ambos os setores representam funções essenciais para garantir a segurança das operações, equilibrando viabilidade econômica, compliance e mitigação de riscos.
O departamento financeiro busca otimizar os recursos da empresa, assegurando que os compromissos contratuais estejam alinhados às projeções financeiras e à estratégia de crescimento. Já o departamento jurídico trabalha para garantir a conformidade regulatória e a proteção da empresa contra passivos legais.
A interação entre essas áreas é essencial para assegurar que decisões financeiras sejam tomadas com respaldo jurídico adequado, prevenindo litígios e garantindo maior previsibilidade nos resultados.
E como o departamento financeiro pode ajudar o jurídico na gestão dos contratos da empresa?
O departamento financeiro, na pessoa do CFO desempenha um papel estratégico na gestão de contratos, indo além da simples supervisão financeira. Sua visão abrangente permite que a empresa mantenha um equilíbrio entre crescimento, mitigação de riscos e otimização de custos.
Por exemplo, o financeiro pode identificar cláusulas que impactam diretamente a lucratividade, garantindo melhores condições de pagamento e evitando custos desnecessários. Além disso, ao analisar contratos com fornecedores e clientes, a equipe financeira avalia riscos financeiros, como multas e penalidades, prevenindo prejuízos que poderiam comprometer o fluxo de caixa.
Outra contribuição essencial é o incentivo ao uso de ferramentas de gestão de contratos, que tornam os processos mais ágeis e eficientes. A digitalização e automação da gestão jurídica facilitam a visibilidade dos compromissos financeiros e reduzem a ocorrência de falhas operacionais.
A participação ativa do departamento financeiro na gestão de contratos não apenas fortalece a segurança financeira da empresa, mas também impulsiona seu crescimento sustentável, garantindo que decisões estratégicas sejam embasadas em uma visão integrada de risco e rentabilidade.
CFO e transformação digital: a chave para satisfazer as prioridades da sua empresa está na melhoria da capacidade operacional
Uma das formas de investir em capacidade operacional é melhorando a gestão do ciclo de vida de contratos e documentos.
Esses instrumentos são essenciais para o bom funcionamento da empresa, tanto numa dimensão interna quanto na mediação das transações com os agentes do mercado.
Ineficiências na administração desses documentos podem comprometer até 9.2% da receita total da companhia, além de criar gargalos que prejudicam diretamente a expansão da capacidade operacional.
A melhor forma de otimizar a gestão desses instrumentos tão importantes é usando tecnologia. Assim, a sua empresa concilia escalabilidade, satisfazendo a demanda por crescimento; à digitalização, garantindo extração de dados consistentes para controle de custos.
O netLex é uma empresa especializada na automatização e gestão de documentos, cuja plataforma está em uso por empresas listadas na Fortune 500 e Valor 1000, com usuários em mais de 20 países ao redor do mundo.
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