O mundo corporativo está cada vez mais orientado por dados e o departamento jurídico também precisa se transformar para acompanhar as exigências do mercado. Adotar uma abordagem data-driven não é mais uma escolha, mas uma necessidade.
Segundo estudo da Forrester, as empresas que adotam uma abordagem orientada a dados têm 58% mais probabilidade de superar suas metas de receita em comparação com aquelas que não utilizam essa estratégia.
Neste artigo, exploraremos como o conceito de jurídico data-driven está revolucionando o setor e como gestores podem utilizar tecnologia e dados para tomar decisões mais inteligentes e impulsionar resultados!
Ser data-driven significa tomar decisões estratégicas e operacionais baseadas em dados concretos e análises precisas, em vez de depender exclusivamente de intuição, experiências passadas ou suposições.
No contexto jurídico, essa abordagem se chama data-driven law e transforma a forma como os departamentos trabalham, colocando os dados no centro das estratégias para maximizar eficiência, reduzir riscos e impulsionar resultados mensuráveis.
Tradicionalmente, o jurídico é visto como uma área reativa e analógica. No entanto, o setor está passando por uma transformação digital, assim como em outras áreas.
Com um volume crescente de dados — de contratos a jurisprudências, de relatórios financeiros a indicadores de desempenho —, ser data-driven no jurídico não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade para lidar com a complexidade do ambiente regulatório e a pressão por eficiência.
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A essência de uma abordagem data-driven é substituir suposições por dados concretos e análises sólidas para a tomada de decisões.
Imagine decidir entre criar uma equipe interna para gerir contratos de alta complexidade ou terceirizar esse trabalho. Analisar dados históricos de custo/hora interno versus custo externo, bem como métricas de eficiência (ex.: número de contratos revisados por hora), permite escolher a opção mais vantajosa.
O uso de tecnologias avançadas não é apenas um facilitador, mas o diferencial para um jurídico escalável e estratégico. Ferramentas de Business Intelligence (BI), análise preditiva e machine learning ajudam a identificar padrões de contratos, prever resultados e otimizar estratégias legais.
Um gestor pode priorizar contratos de maior risco regulatório ao identificar padrões históricos em cláusulas que frequentemente geram disputas.
A definição de KPIs (Key Performance Indicators) claros, como custo médio por contrato ou tempo de resposta em consultas internas, ajudam no acompanhamento de indicadores no departamento jurídico.
Um setor escalável depende de KPIs claros e monitorados continuamente para identificar gargalos e alinhar recursos.
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Alocar tempo e orçamento com base em dados que apontem áreas de maior risco ou retorno potencial, como processos judiciais estratégicos ou revisão de contratos críticos.
Um bom exemplo é o uso de dados históricos para identificar os contratos que demandam maior atenção jurídica. Por exemplo, contratos acima de um determinado valor ou de setores regulados podem ter revisão detalhada, enquanto contratos de baixa complexidade podem seguir um fluxo automático.
A cultura data-driven no jurídico é a orientação por dados, usando para isso insights quantitativos para informar estratégias, otimizar operações e oferecer um serviço superior ao cliente.
Construir uma prática jurídica orientada por dados envolve mais do que apenas coletar dados; requer uma abordagem estratégica para gerenciamento, análise e aplicação de dados.
Ao implementar métodos robustos de coleta de dados, rastrear KPIs relevantes, utilizar ferramentas avançadas de análise, garantir a segurança dos dados e promover uma cultura orientada por dados, o departamento jurídico obtém insights valiosos que impulsionam a eficiência, a lucratividade e a satisfação do cliente.
Mas como de fato aproveitar tudo o que é preciso?
O primeiro passo é entender quais dados a empresa tem. Isso também pode envolver estruturar os dados da maneira certa: tirando-os de planilhas díspares e difíceis de manejar para processos de coleta de dados, por exemplo, e colocá-los em um formato organizado e estruturado que seja seguro e compartilhável entre aqueles com as permissões de acesso apropriadas.
Existem dezenas de ferramentas de tecnologia para gestão jurídica disponíveis, mas o que de fato funciona para a sua empresa? Fazer esse questionamento é o que separa um departamento com cultura data-driven fortalecida daqueles que não são.
É necessário observar e entender se a plataforma escolhida pode fazer a captura, rastreamento e visualização de dados, uma série de métricas, como o volume de trabalho por membro da equipe jurídica, valores de contrato médio, tipos de fornecedores entre outros.
Um sistema de gerenciamento de contratos pode ser a resposta. Para isso, é importante que o CLM se integre perfeitamente aos sistemas existentes da organização e possa ser personalizada para dar suporte aos processos e fluxos de trabalho existentes também é crucial.
É importante ressaltar que ela não deve apenas coletar dados, mas também permitir facilidade de análise e insights acionáveis. Os sistemas de gerenciamento de contratos facilitam a coleta de dados de contratos.
A capacitação dos profissionais faz toda diferença para o sucesso na implementação do jurídico data-driven. Mais do que ofertar treinamentos e workshops, os colaboradores precisam se sentir à vontade e estimulados a desenvolver as habilidades de análise de dados no jurídico, interpretação e comunicação de insights.
Vale a pena incentivar a equipe a testar novas ideias e hipóteses, utilizando dados para avaliar o impacto das iniciativas. Deixe claro que o erro é uma oportunidade de aprendizado e melhoria, estabelecendo assim um local seguro para a experimentação.
Em geral, é possível ter uma visão panorâmica de todas as procurações emitidas por uma empresa por meio de dados como o número total de documentos desse tipo produzidos por área, ou ainda o número total desses documentos que ainda estão ativos. Esse tipo de informação é um passo inicial importante em direção a uma gestão data-driven de procurações.
Na busca de uma análise de dados ainda mais especializada, aqui estão três tipos de dados que podem ser usados para gerir de forma eficiente as procurações de uma empresa.
Em regra, não há prazo de vigência padrão para procurações. Porém, é considerado uma boa prática o estabelecimento de limites temporais para garantir melhor controle da representação da empresa em transações comerciais.
Quando a procuração alcançar este marco, é possível renová-la por outro período de tempo ou formalmente revogá-la. A primeira situação é, provavelmente, a mais comum, e envolve outra rodada de aprovação e assinaturas que deve ser planejada com antecedência para evitar interrupções desnecessárias ao fluxo de negócios. Ademais, se a procuração não for renovada em tempo hábil, a validade dos acordos firmados por aquele outorgado pode ser questionada no futuro.
Nesse caso, é importante extrair da procuração esses prazos de vigência e, preferencialmente, incluir um aviso do fim da vigência para lembrar ao setor encarregado de iniciar os procedimentos de renovação em tempo hábil.
Dentro do netLex é possível retirar essa informação para aprimorar a gestão das procurações de uma empresa, bem como é possível estabelecer os avisos de fim de vigência. Os procedimentos de renovação também podem ser tornados mais simples e seguros com o netLex, permitindo um procedimento automatizado de redação e revisão e, ao final, de assinatura.
Entenda como funciona a automatização de documentos em: Automatização de documentos: entenda o que é, como funciona e quais as vantagens
Algumas procurações podem conceder aos outorgados poderes considerados estratégicos para a companhia, como autorização para conduzir e concluir negócios-chave, assim como para negociar contratos envolvendo altos valores. Essas transações comerciais podem chamar atenção da Diretoria ou até mesmo de investidores, e devem ser acompanhadas de perto.
Outro tipo de informações que podem ser extraídas de uma procuração são justamente essas autorizações consideradas estratégicas. Deve ser possível acompanhar a redação, revisão e assinatura desses documentos, assim como filtrar entre as procurações com o objetivo de identificar quais delas contém poderes dessa natureza.
Esse tipo de inteligência pode ser gerada via metadados coletados pelo netLex, e facilmente visualizada em um dashboard automaticamente atualizado.
Empresas estão sempre contratando, alocando ou demitindo funcionários, bem como trocando a gestão. Funcionários e gestores, por óbvio, também saem de férias ou tiram licenças, de forma que é vital acompanhar todas as procurações afetadas por essas mudanças.
Se, por exemplo, um funcionário é realocado, as autorizações que ele anteriormente tinha precisam ser alteradas ou revogadas. Uma situação mais urgente envolve colaboradores que não trabalham mais na empresa. Esse cenário não é sempre previsto ou planejado, mas todos os poderes de representação devem ser revogados com expediência.
Noutro giro, quando um funcionário está temporariamente ausente, também é importante saber quem pode substituí-lo nas negociações por ele conduzidas. Isso será definido com base nos poderes de representação que aquele colaborador detinha, entre outros fatores.
Assim, o status de um funcionário dentro da empresa é um dado relevante para auxiliar a gestão de procurações. O netLex pode promover integrações com outros softwares de RH, ou até mesmo com uma simples planilha de excel, e cruzar informações sobre o status dos funcionários com dados extraídos das procurações, para promover uma gestão eficiente desse tipo de documento.
Ao transformar dados em decisões estratégicas, o netLex se posiciona como um parceiro indispensável para gestores jurídicos que buscam eficiência, escalabilidade e precisão em suas operações.
Com uma plataforma projetada para otimizar a gestão de contratos, o netLex potencializa a capacidade de departamentos jurídicos de atuar de forma data-driven, garantindo mais controle e resultados mensuráveis.
Por meio de fluxos automatizados e análises inteligentes, o netLex permite que sua equipe reduza tarefas repetitivas, concentrando esforços nas atividades estratégicas que realmente importam.
Exemplo: contratos de baixa complexidade podem ser geridos de ponta a ponta com automação, reduzindo custos e tempo de revisão.
A plataforma consolida dados jurídicos críticos em um único local, facilitando a visualização de métricas como tempo médio de revisão, número de contratos ativos e compliance de cláusulas-chave.
Resultado: decisões mais rápidas e embasadas, alinhadas às necessidades do negócio.
Seja para empresas com um volume crescente de contratos ou para aquelas que buscam otimizar a revisão de documentos de alta complexidade, o netLex oferece ferramentas escaláveis que acompanham o crescimento do departamento jurídico.
A rastreabilidade e o controle oferecidos pela plataforma ajudam a mitigar riscos e a garantir conformidade regulatória, questões críticas para qualquer gestor jurídico.
Ao longo deste texto, fica claro que ser data-driven não é apenas um conceito inovador, mas uma mudança necessária para que os gestores jurídicos acompanhem a evolução do mercado. E é nesse cenário que o netLex se destaca como a solução ideal para potencializar resultados.
Quer entender como o netLex pode contribuir para a virada de chave do departamento da sua empresa e torná-lo em jurídico data-driven? Converse com um de nossos especialistas!